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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Depois de alguns meses fora, hoje estamos retornando com o GERHARD.

Nosso primeiro post no BOTECO LITERÁRIO é em homenagem as crianças mortas na Escola Municipal Tasso da Silveira no dia 07, no bairro no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

Trazemos um poema do curitibano Tasso da Silveira, poeta que dá nome a Escola:



PURO CANTO

Por que cessar o meu canto:
nada há mais para eu cantar?
Só é puro e profundo o canto
quando nada há que cantar.

Que temas modula, o vento
vagando sobre o mar?
Vento é simplesmente vento
mas é simplesmente mar...

Tasso da Silveira.
In: Puro Canto. Rio de Janeiro: Org. Simões, 1956, p. 83.

@GerhardOnline

Leomir Bruch

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alley Club elege Os 10 mais cool de 2010 no Brasil

O badalado clube paulista, Alley Club reuniu uma legião de especialistas em boa música e organizou a lista dos "10 mais cool de 2010 no Brasil".

Entre mais de 80 nomes que se destacaram no cenário musical nacional no ano de 2010 a mesa julgadora teve a difícil missão de eleger somente dez personalidade, tarefa que realizaram com muita inteligência e ótimo faro musical. E é claro que com tudo isso, quem não poderia ficar de fora da lista é a prestigiada e talentosa Tulipa Ruiz - que realiza turnê de seu primeiro CD, Efêmera, sucesso de crítica e público - que arrebatou o primeiro lugar da lista, seguida de Alexandre Kassin.

Em primeiro lugar, Tulipa Ruiz

Confira a lista completa:

1 Tulipa Ruiz
2 Alexandre Kassin
3 Karina Buhr
4 Fernando Catatau (Cidadão Instigado)
5 Céu
6 Cibelle
7 Nina Becker
8 Tatá Aeroplano (Cérebro Eletrônico)
9 Marcelo Jeneci
10 Otto


E você, o que achou dos indicados aos 10 mais cool de 2010?

@GerhardOnline

Leomir Bruch

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Unioeste terá um corte de 40% no orçamento 2011

A verba de custeio da UNIOESTE foi cortada no último trimestre deste ano. Recentemente o Governo do Estado divulgou o orçamento da Universidade para 2011.

EM 2010 OS RECURSOS PREVISTOS PARA MANUTENÇÃO DO ENSINO FORAM DE R$ 10.886.480,00. PARA 2011, O GOVERNO PRETENDE REDUZIR PARA R$ 6.448.200,00. OU SEJA: UM CORTE DE R$ 4.438.280,00, 40,77%.

Os mais prejudicados com isso serão os que necessitam de uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade, pois boa parte deste corte afetará a verba de custeio da Universidade. Sem os 4,4 milhões cortados pelo governo vai faltar muita coisa:

* FALTA DE MATERIAL BÁSICO NA UNIVERSIDADE;

* ELIMINAÇÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO;

* DISPENSA E FALTA DE PAGAMENTO PARA OS ESTAGIÁRIOS E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DOS PROCESSOS SELETIVOS;

* CORTE DE PROGRAMAS DE INCENTIVO A BOLSAS DE PESQUISA;

* CORTE DE LABORATÓRIOS E FAZENDAS EXPERIMENTAIS;

* FIM DAS VIAGENS E VISITAS DE CAMPO;

* FIM DE QUALQUER GARANTIA À ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL.

@GerhardOnline

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CLASSE PENSANTE ou CLASSE DOMINANTE?

Na última Revista Veja (Edição 17/11/2010), na seção LEITOR, uma leitora sugere que passemos uma linha para separar “o azul pensante, que faz do Brasil um país melhor” do vermelho “que pensa com o estômago”, e formemos dois países, cada um com o “governo que merece.”

Com todo respeito que a leitora merece ao emitir sua opinião, me assusta um pouco esse pensamento. Hitler também pensava assim. Nós, do sul do país, não somos CLASSE PENSANTE. Se fossemos, não teríamos tirado nossos filhos das escolas públicas e os transferido para escolas particulares, e, sim, exigido do governo uma educação melhor. Com essa atitude “não” pensante, nós, os considerados “CLASSE PENSANTE” conseguimos a proeza de piorar a educação pública, e “mediocrizar” a educação particular, que “só pensa com o bolso”.

Nesta esteira de pensamento, peço que me tirem do “azul pensante” e me incluam no “vermelho que pensa com o estômago”, mesmo residindo em Curitiba.

Nos últimos anos tenho viajado muito. Além de viagens ao exterior, como Alemanha, também estive em Salvador, Fortaleza e região, Maceió, interior de Goiás, na região de Crixás, interior de Minas, na região de Teófilo Otoni, Brasília, em várias cidades de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Algumas dessas viagens foram a passeio e outras a trabalho. Gosto muito de conversar com taxistas, garçons, atendentes de hotel, frentista em postos de gasolina, enfim, gosto de conversar com pessoas, independente de raça ou classe social.

Esse povo “que pensa com o estômago” produz muito, e com alegria. Ando pelas ruas e estradas, principalmente do Nordeste, vejo grandes plantações, vejo prosperidade. Nas cidades, vejo uma diversidade cultural riquíssima, vejo progresso, vejo vida. Sou tratada com cortesia e alegria por todos os “vermelhos”. Não sou discriminada pela minha pele branca, nem por declarar minha residência na região dominada pelo “azul pensante”.

A Presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff merece, no mínimo, nossa torcida, nossas orações, para que faça o governo que atenda a todos nós, os azuis e os vermelhos. Se continuarmos pensando “não votei nela, quero que ela se ferre”, estaremos trabalhando contra o patrimônio. Talvez seja confortável para alguns pensar que, se alguma coisa der errado, “BEM FEITO, NÃO VOTEI NELA”, mas para mim não é. Pensar significa, principalmente, pensar no coletivo, no todo, no bem estar social, e não no particular, no individual, no eu. Isto não é pensar. É egoísmo.

Vejo sim, a classe política por nós eleita tirar proveito do conceito de que o Norte/Nordeste nada produz, apenas se beneficia da produção do Sul/Sudeste. Grande mentira, grande engano. Têm sido plataforma de propaganda política de muitos candidatos, de que há necessidade de investimentos nas regiões menos afortunadas e que os recursos necessários teriam que ser desviados das regiões “ditas” produtoras. Mais uma gigante mentira.

Coitados de nós “classe pensante azul” se não houvesse “o vermelho que pensa com o estômago”. Teríamos que trabalhar dobrado para termos ao nosso dispor, as riquezas de que dispomos hoje. E sem a mesma diversidade cultural.

Joana Rottschaefer, Curitiba/Paraná.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

5ª BALADA LITERÁRIA acontece esta semana em SP



Entre os dias 18 e 21 de novembro acontece em São Paulo a quinta Balada Literária. Homenageando a escritora Lygia Fagundes Telles a BALADA recebe ainda "quase uma centena de artistas, nacionais e internacionais, em mesa de debate, em mesa de bar, no palco, trocando ideias, festejando lançamentos".


Desde 2006 a BALADA LITERÁRIA organizada pelo escritor pernambucano Marcelino Freire acontece na capital paulista, se consolidando um dos mais importantes eventos literários do país.

O evento já contou com a presença de Adélia Prado, Chico César, Cristovão Tezza, David Toscana, João Gilberto Noll, João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Verissimo, Laerte, Márcio Souza, Mario Bellatin, Mário Prata, Paulo Lins, Tony Belotto entre outros.

Além de debates e discussões a BALADA LITERÁRIA 2010 contará com a apresentação da peça "Los Críticos También Lloran", baseada na obra do chileno Roberto Bolaño e encenada por um grupo que reúne autores/atores espanhóis e venezuelanos, e a presença do escritor alemão Ulrich Peltzer, que inaugurará a parceria da BALADA LITERÁRIA com o Goethe-Institut.

Para conferir toda a programação acesse: baladaliteraria.zip.net

@GerhardOnline

Leomir Bruch

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Liminar da Justiça Federal do Ceará suspende Enem

A Justiça Federal acatou liminar do Ministério Público Federal e determinou a imediata suspensão do Enem 2010. A juíza da 7ª Vara Federal acatou argumento do MPF que o erro da impressão das provas apresentava questões divididas entre o cabeçalho de Ciência e Natureza e de Ciências Humanas, levou prejuízo para os candidatos.

Para a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, a disponibilização do requerimento aos estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo e a intenção de realizar novas provas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema.

Segundo o procurador da República Oscar Costa Filho, a decisão vem trazer segurança e estabilidade a todos que enfrentam essa comoção nacional. O fato do diretor do Inep ter aventado realizar provas separadas para o mesmo concurso, apenas confirma o total desconhecimento dos princípios que informam os concursos públicos, entre os quais a igualdade.

A decisão tem efeito em todo o Brasil.

Fonte: estadao.com.br

@GerhardOnline


A resposta da Califórnia

Os eleitores do Estado da Califórnia rejeitaram a legalização do cultivo e do consumo da maconha por 53% dos votos a 47%, uma decisão que considero muito equivocada. A legalização teria sido um passo importante na busca de uma solução eficaz para o problema da delinquência vinculada ao narcotráfico que, segundo o que acaba de ser anunciado oficialmente, já causou este ano o impressionante total de 10.035 mortes no México.

Esta solução passa pela descriminalização das drogas, ideia que há pouco tempo era inaceitável para a maior parte de uma opinião pública convencida de que a repressão policial aos produtores, vendedores e usuários de entorpecentes seria o único meio legítimo de pôr fim a semelhante praga.

A realidade revelou o quanto esta ideia é ilusória, à medida que todos os estudos indicavam que, apesar das astronômicas somas investidas e da gigantesca mobilização de efetivos para combatê-las, o mercado das drogas continuou a crescer. Ele se estendeu por todo o mundo, criando cartéis mafiosos de imenso poder econômico e militar que - como vemos no México desde que o presidente Felipe Calderón decidiu enfrentar os chefes traficantes e suas gangues de mercenários - pode combater em pé de igualdade, graças ao seu poderio, com os Estados nos quais conseguiram se infiltrar por meio da corrupção e do terror.

Os milhões de eleitores californianos que votaram a favor da legalização da maconha são um indício auspicioso de que cada vez é maior o número daqueles que pensam que chegou a hora de uma mudança na política para lidar com as drogas e de uma reorientação dos esforços - de repressão e prevenção, de cura e informação - no sentido de acabar com a criminalidade desaforada que é criada pela proibição e com os estragos que os cartéis estão infligindo às instituições democráticas, principalmente nos países do terceiro mundo. Os cartéis podem pagar salários melhores que o Estado e assim neutralizar ou pôr a seu serviço parlamentares, policiais, ministros e funcionários, financiando campanhas políticas e adquirindo meios de comunicação para defender seus interesses.

Desta forma, eles proporcionam trabalho e sustento a inúmeros profissionais nas indústrias, no comércio e nas empresas legais dentro das quais imensas quantias são lavadas. O fato de tantas pessoas dependerem da indústria das drogas cria um estado de tolerância ou indiferença diante das implicações deste mercado, ou seja, da degradação e da derrocada da legalidade. É um caminho que, mais cedo ou mais tarde, conduz ao suicídio da democracia.

A legalização das drogas não será fácil, é claro, e num primeiro momento, como assinalam seus detratores, trará sem dúvida um aumento no seu consumo. Por isso, a descriminalização só tem razão de ser se for acompanhada de intensas campanhas de informação sobre os prejuízos que esse consumo implica, semelhantes às que foram promovidas com sucesso para reduzir o consumo do tabaco em quase todo o mundo, e aos esforços paralelos para desintoxicar e curar as vítimas do vício.

Mas seu efeito mais positivo e imediato será a eliminação da criminalidade que prospera exclusivamente graças à proibição. Como ocorreu com as organizações de gângsteres que se tornaram todo-poderosas e encheram de sangue e cadáveres as ruas de Chicago, Nova York e outras cidades americanas nos anos da Lei Seca, um mercado legal acabará com os grandes cartéis, privando-os de seu lucrativo negócio e levando-os à ruína. Como o problema da droga é fundamentalmente econômico, sua solução também precisa passar pela chave econômica.

Sob a forma de tributos, a legalização trará aos Estados grandes recursos que, se forem empregados na educação dos jovens e na informação do público em geral a respeito dos efeitos nocivos que o consumo dos entorpecentes causa na saúde, podem trazer um resultado infinitamente mais benéfico e de alcance mais amplo do que uma política repressiva que, além de provocar uma violência vertiginosa e encher de insegurança a vida cotidiana, não fez retroceder o vício nas drogas em nenhuma sociedade.

Em artigo publicado no New York Times no dia 28, o colunista Nicholas D. Kristof cita um estudo presidido pelo professor Jeffrey A. Miron, de Harvard, no qual se calcula que a simples legalização da maconha em todo o território americano representaria uma arrecadação anual de US$ 8 milhões em impostos para o Estado, ao mesmo tempo poupando a este uma quantia proporcional habitualmente investida na repressão. Com esta gigantesca injeção de recursos voltados para a educação, principalmente nos colégios dos bairros pobres e marginalizados de onde sai a imensa maioria dos viciados, em poucos anos o tráfico de drogas seria reduzido neste setor social que é responsável pelo maior número dos casos de assassinato, delinquência juvenil e decomposição da família.

Kristof cita também um estudo realizado por ex-policiais, juízes e fiscais dos Estados Unidos, no qual se afirma que a proibição da maconha é a principal responsável pela multiplicação das gangues violentas e dos cartéis que controlam a distribuição e a venda da droga no mercado negro, obtendo com isso "imenso proveito".

Para muitos jovens que moram nos guetos negros e latinos, já muito atingidos pelo desemprego provocado pela crise financeira, essa possibilidade de ganhar dinheiro rápido com o crime se mostra irresistivelmente atraente.

A estes argumentos "pragmáticos" em defesa da descriminalização das drogas, seus adversários respondem com um argumento moral. "Será que devemos nos render ao delito em todos os casos nos quais a polícia se mostre incapaz de deter o delinquente, optando, assim, por legitimá-lo? Será que deveria ser esta a resposta para a pedofilia, por exemplo, para a violência doméstica, os crimes contra as mulheres e outros fenômenos que, em vez de recuar, aumentam por toda parte? Devemos abaixar a guarda e nos render, autorizando tais práticas diante da impossibilidade de eliminá-las?"

Não se deve confundir as coisas. Um Estado de direito não pode legitimar os crimes e os delitos sem negar a si mesmo e converter-se num Estado bárbaro. E um Estado tem a obrigação de informar seus cidadãos a respeito dos riscos que estes correm ao fumar, beber álcool e usar drogas, é claro. E também de impor sanções e penas severas àqueles que, por fumar, se embriagar ou usar drogas, causem danos aos demais. Mas não me parece muito lógico nem coerente que, sendo esta a política seguida por todos os governos em relação ao tabaco e ao álcool, não seja esta a política seguida também para o caso das drogas, incluindo as drogas leves, como a maconha e o haxixe, apesar de já ter sido provado que seu efeito não é mais nocivo do que o produzido pelo consumo excessivo de tabaco e álcool, podendo até ser menos maléficas do que estas duas substâncias legalizadas.

Não tenho a menor simpatia pelas drogas, sejam elas leves ou pesadas, e a figura do drogado, assim como a do bêbado, me parece bastante desagradável, na verdade, além de incômoda e inspiradora de desgosto.

Mas também me desagradam profundamente as pessoas que assoam o nariz na minha frente usando os dedos, que palitam os dentes ou comem frutas com sementes, caroços e cascas, e nunca me ocorreu defender uma lei que as proíba de fazê-lo e as castigue com a prisão caso a desrespeitem.

Liberdade. Por isso, não vejo por que o Estado teria de proibir uma pessoa adulta e dona do próprio juízo de causar mal a si mesma ao fumar maconha, cheirar cocaína ou encher-se de pastilhas de ecstasy se isto lhe agrada, alivia sua frustração ou sua apatia. A liberdade do indivíduo não pode significar o direito de fazer apenas coisas boas e saudáveis, mas também outras que não o sejam, respeitando a condição, é claro, de que estas não prejudiquem nem causem dano aos demais. Esta política, que se aplica ao consumo do tabaco e do álcool, deveria também reger o consumo das drogas. É perigosíssimo que o Estado comece a definir aquilo que é bom e saudável e aquilo que é ruim e prejudicial, pois tais decisões representam uma intromissão na liberdade individual, princípio fundamental de uma sociedade democrática.

Por este rumo podemos chegar sem perceber ao desaparecimento da soberania individual e a uma forma disfarçada de ditadura. E as ditaduras, como sabemos, são para os cidadãos infinitamente mais mortíferas do que os piores entorpecentes.

Fonte: Estadão

@GerhardOnline